Mulheres e prisão: os graves efeitos do estado de coisas inconstitucional sobre a população feminina encarcerada e os reflexos da punição sobre os familiares

Autores

  • Richelle Santos Souza Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Autor
  • Luis Philipe Machado Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Autor

Palavras-chave:

Estado de coisas inconstitucional, encarceramento feminino, direitos fundamentais, movimentos sociais, família

Resumo

O artigo analisa os impactos da decisão do Supremo Tribunal Federal na ADPF 347, que reconheceu o estado de coisas inconstitucional no sistema prisional brasileiro, a partir de uma perspectiva de gênero. Examina-se como a estrutura carcerária, concebida majoritariamente para homens, ignora as especificidades das mulheres privadas de liberdade, resultando em graves violações a direitos fundamentais, como dignidade menstrual, saúde reprodutiva, maternidade e integridade física. Destaca-se que a invisibilidade da mulher encarcerada agrava desigualdades estruturais e compromete a efetividade da Constituição de 1988. O estudo também aborda os reflexos da punição sobre os familiares, evidenciando como a pena se estende para além da pessoa condenada, atingindo unidades familiares marcadas por vulnerabilidades socioeconômicas. Por fim, ressalta-se o papel dos movimentos sociais na denúncia das violações e na busca por efetivação de direitos, ainda que diante da omissão estatal. A pesquisa utiliza abordagem qualitativa, exploratória e bibliográfica, apoiada em doutrina, jurisprudência e relatórios oficiais.

Biografia do Autor

  • Richelle Santos Souza, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

    Graduanda de Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Integrante do Observatório de Direito Internacional do Rio Grande do Norte (OBDI). Integrante do Núcleo de Pesquisa em Direito Internacional (NUPEDI). Extensionista do núcleo penitenciário do Programa Motyrum. Estagiária do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte (TJRN). Lattes: http://lattes.cnpq.br/0533546987817451. ORCID: https://orcid.org/0009-0000-0973-3778. E-mail: richellesantossouza@gmail.com.

  • Luis Philipe Machado, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

    Graduando em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Integrante do Projeto de extensão Motyrum Penitenciário. Lattes: http://lattes.cnpq.br/6331811642901865. ORCID: https://orcid.org/0009-0006-3925-7884. E-mail: luispm012@gmail.com.

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Publicado

2025-09-12

Como Citar

Mulheres e prisão: os graves efeitos do estado de coisas inconstitucional sobre a população feminina encarcerada e os reflexos da punição sobre os familiares. (2025). Revista Insigne De Humanidades , 2(2), 20-34. https://insigneacademica.com.br/ojs/index.php/revistainsignedehumanidades/article/view/119

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