Engenharia da aparência: os limites éticos da manipulação genética em embriões para definição da cor da pele
Keywords:
Bioética, manipulação genética, eugenia, dignidade da pessoa humana, direitos fundamentaisAbstract
O artigo analisa os limites éticos da manipulação genética em embriões humanos para definição da cor da pele, discutindo o tema à luz da bioética, da dignidade da pessoa humana e das tradições religiosas. A pesquisa destaca como avanços científicos, especialmente técnicas de edição genômica como o CRISPR, intensificam debates sobre a fronteira entre prevenção de doenças e busca de características estéticas. Argumenta-se que, embora a engenharia genética ofereça potencial para combater enfermidades hereditárias, sua utilização para fins não terapêuticos pode reforçar desigualdades sociais e estéticas, configurando uma forma contemporânea de eugenia. Além da perspectiva bioética — autonomia, beneficência, não maleficência e justiça —, o estudo analisa críticas religiosas e filosóficas que apontam para os riscos de mercantilização da vida e instrumentalização do ser humano. Conclui-se pela necessidade de marcos regulatórios nacionais e internacionais que limitem tais práticas e assegurem a proteção da dignidade humana frente ao avanço biotecnológico.